
A esteatose hepática, ou fígado gorduroso, é o acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Esse quadro pode ter diversas causas, sendo as mais comuns a obesidade, o consumo excessivo de álcool, uma alimentação rica em gorduras e carboidratos refinados, e doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e dislipidemias. Embora muitos pacientes com esteatose hepática não apresentem sintomas evidentes, em estágios mais avançados, a condição pode evoluir para complicações sérias, como inflamação do fígado (esteato-hepatite), fibrose hepática, ou até mesmo cirrose e câncer hepático. Portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir o avanço da doença.
TRATAMENTO
Na consulta para avaliar e tratar a esteatose hepática, seguimos uma abordagem detalhada, começando por uma entrevista clínica completa (anamnese) para investigar os fatores de risco e hábitos de vida do paciente. Isso inclui perguntas sobre a alimentação, consumo de álcool, prática de atividades físicas, histórico familiar de doenças hepáticas, uso de medicamentos (como corticosteroides ou antivirais), além de condições como diabetes, hipertensão e dislipidemia. O exame físico visa identificar sinais de doenças hepáticas, como aumento do fígado (hepatomegalia) ou alterações na pele, que podem sugerir complicações mais avançadas.
Se necessário, exames complementares são solicitados para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de comprometimento do fígado. Entre os exames mais comuns estão a ultrassonografia abdominal, que pode det ectar o acúmulo de gordura no fígado; a elastografia hepática, que mede a rigidez do fígado e ajuda a identificar o grau de fibrose ou cirrose; além de exames de sangue, como as enzimas hepáticas (TGO e TGP), que podem indicar inflamação ou lesão nas células hepáticas. Exames mais específicos, como a biópsia hepática, podem ser indicados em casos graves ou quando há suspeita de esteato-hepatite.
O tratamento da esteatose hepática é focado na reversão do acúmulo de gordura e na prevenção de complicações. Em alguns casos, é necessário prescrever medicamentos para tratar doenças associadas, como hipoglicemiantes para controlar o diabetes ou medicamentos para reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos. O acompanhamento regular é importante para monitorar a evolução do quadro, ajustar o tratamento quando necessário e prevenir complicações, como a progressão para cirrose.
Por fim, o objetivo do tratamento da esteatose hepática é promover a saúde geral do paciente, reduzindo o risco de complicações hepáticas e melhorando a qualidade de vida. Com uma abordagem adequada, muitos pacientes conseguem reverter o acúmulo de gordura no fígado e evitar o desenvolvimento de doenças mais graves.